As autoridades chinesas proibiram a realização de funerais cristãos em algumas províncias chinesas, nomeadamente em Zhejiang, impondo diversos regulamentos para a prática de cerimónias religiosas.
Segundo a Catholic News Asia, os novos “regulamentos” que o governo comunista impôs nesta região oriental da China proíbem, por exemplo, os padres de “assistirem às orações fúnebres” fora do espaço religioso.
As novas regras, anunciadas no dia 1 de Dezembro mas que só agora começaram a ser implementadas, impõem diversas restrições, nomeadamente um número máximo de pessoas autorizadas a participar nas cerimónias fúnebres. Limita-se a 10, por exemplo, o número de familiares que podem “a ler as escrituras”, e impede-se os sacerdotes de se deslocarem a casa dos defuntos durante as cerimónias.
Sempre que estas regras não forem seguidas, haverá penalizações que, segundo a UCANews, podem implicar até o encerramento da igreja.
Estas restrições impostas pelas autoridades em Zhejiang são exemplo de uma contínua repressão sobre a comunidade cristã. Ainda recentemente, a Fundação AIS dava conta de que as autoridades tinham cortado a água e a luz da residência de um bispo, D. Guo Xijin, obrigando-o a sair de casa, e encerrando ainda 5 paróquias.
Segundo a agência de notícias AsiaNews, que relata o caso, o Bispo de Mindong foi desalojado da residência onde vivia, juntamente com alguns sacerdotes, depois de as autoridades terem cortado a água e a electricidade, invocando “razões de segurança”. Um letreiro colocado no edifício explica que este não cumpre com as normas de segurança relativas a incêndios e por isso teve de ser encerrado.
Para, trata-se, isso sim, de “um gesto de pressão e raiva” contra o prelado e os padres que se têm negado a aderir à igreja “independente”. Segundo a AsiaNews, D. Guo é “vítima” do acordo assinado entre a China e o Vaticano para a nomeação dos bispos, acordo que transformou a diocese de Mindong “numa espécie de ‘projecto piloto’ para a sua aplicação”.
Entretanto, a Human Right Watch denunciou também a existência de “um sofisticado sistema de censura na Internet” na China que é alarmante nas suas implicações no que diz respeito aos direitos humanos.
No relatório conhecido no início de Janeiro, esta organização acusa o regime de Pequim de “construir um estado de vigilância tecnológica Orwelliano” e um “sofisticado sistema de censura na Internet”, destinado a “silenciar críticos”, e aponta o dedo à repressão dos muçulmanos uigures. Calcula-se que as autoridades chinesas tenham sob detenção, nos chamados campos de reeducação, cerca de 1 milhão de membros desta minoria muçulmana na província de Xianjiang. Pequim tem justificado estas medidas extremas de opressão étnica e religiosa com a necessidade de combater o terrorismo.
A repressão das autoridades chinesas face à minoria uigur, ou a outras comunidades religiosas, tem merecido uma ampla condenação a nível internacional. Em Outubro do ano passado, o presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz da Igreja Católica em Portugal manifestou também a sua desaprovação no que diz respeito à perseguição religiosa à comunidade cristã na China.
Numa entrevista à Fundação AIS, Pedro Vaz Patto referiu que “as violações da liberdade religiosa” se acentuaram na China, dando como exemplos a proibição da “educação religiosa de crianças e adolescentes e a sua entrada em lugares de culto, o uso de tecnologia mais avançada para o controlo da população”. Estas medidas foram classificadas por Vaz Patto como “próprias de um Estado totalitário que pretende controlar todos os domínios da vida das pessoas, incluindo os mais íntimos, como é a religião”.
Segundo a Catholic News Asia, os novos “regulamentos” que o governo comunista impôs nesta região oriental da China proíbem, por exemplo, os padres de “assistirem às orações fúnebres” fora do espaço religioso.
As novas regras, anunciadas no dia 1 de Dezembro mas que só agora começaram a ser implementadas, impõem diversas restrições, nomeadamente um número máximo de pessoas autorizadas a participar nas cerimónias fúnebres. Limita-se a 10, por exemplo, o número de familiares que podem “a ler as escrituras”, e impede-se os sacerdotes de se deslocarem a casa dos defuntos durante as cerimónias.
Sempre que estas regras não forem seguidas, haverá penalizações que, segundo a UCANews, podem implicar até o encerramento da igreja.
Estas restrições impostas pelas autoridades em Zhejiang são exemplo de uma contínua repressão sobre a comunidade cristã. Ainda recentemente, a Fundação AIS dava conta de que as autoridades tinham cortado a água e a luz da residência de um bispo, D. Guo Xijin, obrigando-o a sair de casa, e encerrando ainda 5 paróquias.
Segundo a agência de notícias AsiaNews, que relata o caso, o Bispo de Mindong foi desalojado da residência onde vivia, juntamente com alguns sacerdotes, depois de as autoridades terem cortado a água e a electricidade, invocando “razões de segurança”. Um letreiro colocado no edifício explica que este não cumpre com as normas de segurança relativas a incêndios e por isso teve de ser encerrado.
Para, trata-se, isso sim, de “um gesto de pressão e raiva” contra o prelado e os padres que se têm negado a aderir à igreja “independente”. Segundo a AsiaNews, D. Guo é “vítima” do acordo assinado entre a China e o Vaticano para a nomeação dos bispos, acordo que transformou a diocese de Mindong “numa espécie de ‘projecto piloto’ para a sua aplicação”.
Entretanto, a Human Right Watch denunciou também a existência de “um sofisticado sistema de censura na Internet” na China que é alarmante nas suas implicações no que diz respeito aos direitos humanos.
No relatório conhecido no início de Janeiro, esta organização acusa o regime de Pequim de “construir um estado de vigilância tecnológica Orwelliano” e um “sofisticado sistema de censura na Internet”, destinado a “silenciar críticos”, e aponta o dedo à repressão dos muçulmanos uigures. Calcula-se que as autoridades chinesas tenham sob detenção, nos chamados campos de reeducação, cerca de 1 milhão de membros desta minoria muçulmana na província de Xianjiang. Pequim tem justificado estas medidas extremas de opressão étnica e religiosa com a necessidade de combater o terrorismo.
A repressão das autoridades chinesas face à minoria uigur, ou a outras comunidades religiosas, tem merecido uma ampla condenação a nível internacional. Em Outubro do ano passado, o presidente da Comissão Nacional de Justiça e Paz da Igreja Católica em Portugal manifestou também a sua desaprovação no que diz respeito à perseguição religiosa à comunidade cristã na China.
Numa entrevista à Fundação AIS, Pedro Vaz Patto referiu que “as violações da liberdade religiosa” se acentuaram na China, dando como exemplos a proibição da “educação religiosa de crianças e adolescentes e a sua entrada em lugares de culto, o uso de tecnologia mais avançada para o controlo da população”. Estas medidas foram classificadas por Vaz Patto como “próprias de um Estado totalitário que pretende controlar todos os domínios da vida das pessoas, incluindo os mais íntimos, como é a religião”.
Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal
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